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01 de abril de 2025

Superação e trabalho marcam trajetórias de engenheiras e arquitetas

Geral
08/03/2025 15:33
Redacao
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No Dia Internacional da Mulher, histórias inspiradoras de engenheiras e arquitetas mostram como a presença feminina tem crescido em áreas antes dominadas por homens. Apesar dos desafios, elas se destacam e abrem caminho para futuras gerações.

A engenheira Bruna Cristina de Almeida, primeira diretora Social da Associação dos Engenheiros e Arquitetos da Noroeste (AEAN), conta que a influência do pai, que trabalhava na construção civil, despertou sua paixão pela engenharia desde cedo. “Sempre tive curiosidade em entender como as coisas funcionavam e queria solucionar problemas. Minha escolha foi natural”, afirma.

No entanto, sua trajetória não foi isenta de dificuldades. “No início da carreira, por ser jovem e mulher, algumas pessoas duvidavam das minhas habilidades. Mas usei isso como motivação e foquei em entregar um trabalho de qualidade.” Hoje, Bruna vê mudanças positivas no setor, mas reforça que ainda há muito a ser conquistado. “A presença feminina está crescendo, mas ainda precisamos de mais oportunidades e representatividade”, defende.

A busca por conhecimento e superação também marcou a trajetória da engenheira Paula Garcia Lima, primeira diretora Cultural da AEAN. Ela começou na Arquitetura e Urbanismo, mas percebeu a necessidade de ampliar seus conhecimentos e se formou também em Engenharia Civil. “Sempre fui movida pelo desafio. Vi que algumas atribuições eram exclusivas de engenheiros e decidi me capacitar”, conta.

Atualmente, Paula atua na área de estradas e rodovias, um setor historicamente masculino. “Todos os dias estamos lá, superando barreiras. A mulher vai estar onde quiser estar”, afirma. Para ela, a inclusão tem avançado e as empresas começam a valorizar a diversidade. “O conhecimento é algo que ninguém te tira. Acredite na sua capacidade e mostre seu potencial”, aconselha.

Com uma carreira de mais de 40 anos, a engenheira Gisele Sartori Bracale foi a primeira e única presidente mulher da AEAN, atuando nesta função entre 2013 e 2018.

Ela conta que enfrentou muitos desafios no início de sua trajetória. “Em 1983, no último ano da faculdade, precisei fazer estágio e foi muito difícil conseguir uma oportunidade. Mas, quando consegui, logo fui contratada”, relembra.

Gisele, hoje primeira diretora Financeira da AEAN, também enfrentou episódios de preconceito. “Consegui um estágio e deveria acompanhar um engenheiro para aprender o serviço. Ele marcou comigo três vezes e simplesmente não apareceu. No terceiro dia, agradeci ao proprietário da empresa e fui embora”, conta.

Mesmo diante de obstáculos, Gisele conquistou reconhecimento na profissão e se orgulha das obras que ajudou a concretizar. “Quando vejo um edifício, uma residência ou até mesmo os paraboloides hiperbólicos na entrada da Prefeitura, sinto que tudo valeu a pena”, diz.

As três engenheiras concordam que a presença feminina tem crescido na área. “Na minha turma de faculdade, éramos apenas quatro mulheres em meio a 80 alunos. Hoje, há muito mais formadas e atuantes no mercado”, observa Paula.

Desde criança, Vânia Esbizaro Rodrigues sabia que queria ser arquiteta. Ao longo de 40 anos de carreira, enfrentou desafios, como a resistência em um setor historicamente masculino. “No início, ao conferir a locação de estacas em uma obra, o mestre de obras se recusou a ajudar, dizendo que em 25 anos de profissão nunca havia facilitado o trabalho para ninguém, e não seria uma mulher a fazê-lo”, relembra.

Apesar das barreiras, Vânia conquistou espaço e vê avanços no setor. Hoje, participa de um grupo com cerca de 90 arquitetas da cidade, número muito superior às poucas mulheres da área quando iniciou sua trajetória. Atualmente, ela ocupa o cargo de diretora de Urbanismo da AEAN e reforça a importância da experiência adquirida com mestres de obras ao longo dos anos.

Desafios

A paixão pela arquitetura surgiu cedo para a segunda diretora Cultural da AEAN, Manuella Boreggio Costa dos Santos, ainda na infância, quando desenhava plantas baixas de casas. Diferente de muitas mulheres na construção civil, Manuella não enfrentou preconceito explícito, mas percebeu a desconfiança de alguns profissionais no início da carreira. Para ela, o maior desafio foi equilibrar a intensa dedicação à arquitetura com a vida pessoal e a maternidade. “A arquitetura é uma profissão que exige muita dedicação”.

Hoje, a presença feminina na profissão supera a masculina, reflexo da expansão dos cursos de Arquitetura e Urbanismo nas últimas décadas. “Ainda há muito a avançar, mas houve uma democratização da profissão”, avalia. Atuando como autônoma e na administração pública, Manuella atribui seu reconhecimento profissional à seriedade e dedicação ao trabalho.

O mercado de engenharia e arquitetura ainda tem desafios a superar para garantir equidade de gênero, mas histórias como essas mostram que as mulheres têm conquistado seu lugar com talento, dedicação e perseverança.

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