Carregando...
24 de abril de 2025

Discos de vinil resgatam memórias e promovem convivência no Cras de Marília

Saúde
22/11/2024 21:25
Redacao
Continua após a publicidade...

No Cras (Centro de Referência em Assistência Social) Teotônio Vilela, na zona Sul de Marília, o som nostálgico dos discos de vinil tem sido ferramenta para promover afetividade e memória entre os participantes do grupo de convivência de idosos. A atividade, conduzida pelo psicólogo e professor universitário Rafael Ribas, transforma uma simples tarde em uma experiência emocional e cultural única.

Com um acervo pessoal de quatro mil LPs, Ribas faz uma discotecagem que transporta os participantes a décadas passadas. Na última terça-feira (21/11), canções de Chico Buarque, Maria Bethânia, Roberto Carlos e clássicos como Boneca Cobiçada ecoaram no espaço, evocando histórias pessoais e coletivas. “É o Chico Buarque de Holanda?”, perguntou uma participante, ao reconhecer a voz marcante do cantor. “Sim, é o Chico”, respondeu o educador social Esdras Fred Selegrin, conhecido como Fred, que acompanha a iniciativa.

Participantes do Cras ouvem discos de vinil no Cras - Colab./Ass. de Imprensa
Participantes do Cras ouvem discos de vinil no Cras – Colab./Ass. de Imprensa

A discotecagem, mais do que um momento de lazer, carrega um importante papel socioeducativo. “As músicas despertam memórias, emoções e criam um ambiente de troca afetiva”, explica Fred. Além disso, os vinis, com suas capas ilustradas e informações detalhadas, ajudam a contextualizar a história das músicas e artistas, estimulando conversas e reflexões.

Segundo Ribas, as reações dos idosos são diversas: alguns se emocionam, outros dançam, enquanto outros apenas observam em silêncio, revivendo lembranças. “A seleção é feita com muito cuidado, sempre priorizando canções que marcaram a vida deles. É emocionante ver como a música toca cada um de forma única”, comenta o psicólogo, que realiza essas atividades há dois anos em diferentes espaços da cidade.

Participantes do Cras observam disco de vinil durante atividade - Colab./Ass. de Imprensa
Participantes do Cras observam disco de vinil durante atividade – Colab./Ass. de Imprensa

Antes da discotecagem, acontece uma roda de conversa, um momento que fortalece a interação entre os participantes. Nesta edição, a estudante de Pedagogia e poeta Larissa Pontes Marchi, de 21 anos, contribuiu voluntariamente. “Eu conheci o vinil ainda na escola, quando professores levavam discos para analisarmos as letras. Ver os idosos revivendo memórias através da música é muito especial”, compartilhou Larissa.

A iniciativa integra três pilares fundamentais da assistência social: convivência intergeracional, envelhecimento ativo e autonomia dos participantes. Para Fred, o impacto dessas ações vai além do momento da atividade. “São encontros que criam laços, promovem autoestima e valorizam as vivências de cada um.” As tardes musicais no Cras Teotônio Vilela revelam o poder da arte e da música como instrumentos de transformação social, unindo gerações e reavivando histórias através de cada vinil que gira na vitrola.

Leia também Vinicius Camarinha amplia atuação de mulheres no secretariado com 5 indicações



Compartilhe esse post:

Tags:

Top

Utilizamos cookies próprios e de terceiros para o correto funcionamento e visualização do site pelo utilizador, bem como para a recolha de estatísticas sobre a sua utilização.