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09 de maio de 2024

Em coletiva, Garcia da Hadassa aponta ao menos 20 projetos para Marília

Política
09/04/2024 08:31
Carlos Teixeira
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O pré-candidato pelo Partido Novo, empresário Jean Patrick Garcia Baleche, o Garcia da Hadassa, tem proposta para cerca de 20 setores da administração de Marilia. Anúncio das áreas para as quais já fez estudos, foi feito em entrevista coletiva que reuniu a imprensa, possível chapa de vereadores e apoiadores, na manha desta segunda-feira (08/04), no Alves Hotel.

Cercado de assessores, Hadassa iniciou o bate papo com os presentes detacando que não iria “falar de pessoas, mas discutir ideias”.  “Quem fala de pessoas é porque não tem ideias, só interesses”, disse. Em seguida, relacionou alguns dos itens que gostaria de abordar com os jornalistas, passando pela segurança, assistência social, cidade digital, radares, Daem (Departamento de Água e Esgoto) até as possíveis coligações. “Precisamos construir uma cidade para o seu centenário. “Precisamos chegar lá aos 100 anos e olhar com orgulho, avaliando que a cidade melhorou e muito”, sentenciou.

Jornalistas, apoiadores e pré-candidatos participam de coletiva - Carlos Teixeira/Agora Interior
Jornalistas, apoiadores e pré-candidatos participam de coletiva – Carlos Teixeira/Agora Interior

Ao ser questionado pelo Agora Interior sobre as coligações, Hadassa foi evasivo ao dizer que não poderia anunciar com quem está conversando para definir o (ou a) vice da chapa. Disse apenas que gostaria que fosse uma mulher, mencionando a própria esposa, Cristiane Granemann Thibes Baleche, como uma figura que o apoio. “Elas (as mulheres) têm mais sensibilidade, características que podem fazer a diferença na política”, destacou.

Em relação a chapa de vereadores (18 é o limite), afirmou que o grupo foi montado por pessoas que não fazem parte do contexto político atual e que têm vontade de fazer um “novo caminho”. “O nosso partido apresentou um expressivo número de filiações na última semana. Foram 94 ao todo. O que mostra que as pessoas querem algo diferente do que está aí, algo novo”, ressaltou.

Decisão por candidatura

O empresário foi questionado sobre a decisão de sair candidato. Ao longo dos últimos anos ele promoveu muitas idas e vindas, ora dizendo que poderia ser candidato, ora que “estava a disposição da cidade” e em outros momentos, que não disputaria cargo algum. “Nós últimos dias eu pensei muito, refleti sobre a cidade e a atual conjuntura do município. Marília precisa conhecer um novo caminho, uma nova direção e um novo jeito de governar”, explicou.

O pré-candidato destacou que recebeu o apoio da família, principalmente da esposa. “Ela falou que eu não posso envelhecer com arrependimentos por não ter feito aquilo que poderia, para ajudar a minha cidade. Eu preciso fazer algo por essa cidade”, apontou.

Garcia da Hadassa explicou propostas para Marília - Carlos Teixeira/Agora Interior
Garcia da Hadassa explicou propostas para Marília – Carlos Teixeira/Agora Interior

Revitalização

Na sequência da entrevista, Hadassa disse estar fazendo estudos para uma revitalização de Marília, a começar pelo Centro da cidade. Demonstrando ter feito algum tipo de levantamento, o CEO do Grupo Hadassa, destacou que as suas principais frentes são a avenida Sampaio Vidal, a avenida João Ramalho e outras regiões da cidade.

Apontou que o camelódromo e o terminal urbano estariam nesse foto e apresentou números para sustentar sua tese. “O terminal tem 18 baias para receber ônibus de 28 linhas. É pequeno, para receber cerca de 33 mil marilienses que usam o serviço de transporte coletivo. A cidade tem 1.345 pontos de ônibus, sem estrutura e que poderiam ser melhor aproveitados”, disse.

Mencionou que a partir das linhas de ônibus, poderia implantar a Cidade Digital. “Cada lote de ponto de ônibus poderia ser adotado por uma empresa de internet e disponibilizar o serviço aos usuários, na troca por propaganda nestes locais. Seria um avanço muito grande em tecnologia”, comentou.

Daem e Ipremm

O pré-candidato do Novo declarou também que é a favor da privatização do Daem (Departamento de Água e Esgoto de Marília), mas não no atual formato. Segundo Hadassa, seria preciso fazer um outro projeto, discutindo a questão com a população, com os servidores e toda a sociedade, para que não haja prejuízo aos usuários. “É certo que esse modelo em discussão, que inclusive está suspenso pela Justiça, não é o mais adequado. Eu não tenho medo de discutir esse assunto, mas é preciso fazer com responsabilidade e com transparência. O modelo atual tem de ser revisto”, sentenciou.

Ao mencionar os servidores, Hadassa apontou os problemas no Ipremm (Instituto de Previdência do Município de Marília). Segundo o empresário, é preciso montar uma “comissão de notáveis” para estudar o assunto e fazer uma auditoria no Ipremm. “Comigo não vai ter cambalacho”, falou. A citação levou ao questionamento se ele tinha conhecimento de “algum cambalacho no órgão. Ele destacou que não tem notícia, mas que há algo errado. “Quem está no comando não pode aceitar esse monte de irregularidade, sem tomar uma atitude”, afirmou.

Jornalistas e convidados participam de coletiva com Garcia Hadassa - Carlos Teixeira/Agora Interior
Jornalistas e convidados participam de coletiva com Garcia Hadassa – Carlos Teixeira/Agora Interior

Ainda falando sobre os servidores municipais, Hadassa explicou que não vai maquiar os problemas da cidade e a situação financeira. Segundo ele, todos os problemas precisam ser revistos, em cima de dados técnicos e financeiros, em relação ao endividamento do município, que chega a R$ 1,5 bilhão.

Neste momento, repetiu a fala de ex-candidatos e ex-prefeitos, de que vai reduzir o número de comissionados. “Em uma eventual gestão do Novo, de 30% a 40% dos cargos comissionados vão ser preenchidos por servidores de carreira. Quero ter técnicos que conhecem a administração e não apadrinhados”, argumentou. Finalizou a fala destacando que vai buscar o diálogo, para discutir os problemas dos funcionários públicos conforme o orçamento do município.

Contrato dos radares

Em outro momento, Hadassa voltou a apresentar números, desta vez ao falar dos radares em Marilia. Segundo o pré-candidato do Novo, Marília paga cerca de R$ 467 mil mensais para a empresa dos radares e já arrecadou cerca de R$ 2 milhões em multas. “A primeira coisa que vamos fazer é formar uma equipe técnica, para analisar todo o processo de contratação e instalação dos radares. E se for preciso fazer igual Avaré (que anulou o contrato), nós faremos”, ponderou.

Por fim, anunciou que vai buscar o diálogo com a Câmara Municipal, respeitando os votos e a história de todos os parlamentares. “Nós vamos discutir os projetos, para que eles possam participar da construção da nossa nova Marília. Vou escolher bons nomes, técnicos, para ocupar as secretarias e a gente ter o melhor para o município”, resumiu.

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