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05 de outubro de 2024

Fundador de escola militar mirim, com unidade em Marília, é acusado de estelionato

Polícia
11/05/2024 12:05
Carlos Teixeira
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Rafael Martins de Souza, fundador da rede de escolas militares mirins, com sede em Lins, está sendo acusado de estelionato por pais e mães de alunos em Marília. Segundo denúncia recebida pelo Agora Interior, a instituição deixou de entregar uniformes, calçados e dificulta a devolução do dinheiro, nos casos de desistência do curso. Rafael afirmou que não há problemas em Marília e que apenas uma pessoa teria procurado a empresa para devolver um uniforme. “Não tem problemas em Marília, a gente apenas suspendeu algumas aulas. Na semana que vem elas voltam ao normal. Eu vou dar as aulas em Marilia”, afirmou.

Uma das mães, que pagou à vista a matrícula e as aulas do filho, apontou que estão ocorrendo falhas nas aulas. “Tem dia que não tem aula, com uma desculpa sem justificativa. Agora, neste sábado (09/05), a desculpa é de que domingo é Dia das Mães e muitas pessoas vão viajar. Nem feriado é, como vão viajar?”, questionou.

Alunos da Escola Militar Mirim durante atividade na praça Maria Isabel - Carlos Teixeira/Agora Interior
Alunos da Escola Militar Mirim durante atividade na praça Maria Isabel – Carlos Teixeira/Agora Interior

Em outro caso, houve um pedido de devolução de dinheiro, que foi pago à escola, no montante de R$ 600,00. “Souza disse que iria devolver, mas parcelado, em até três vezes. Houve dois pagamentos, que não chegaram a R$ 250,00 e agora ele não responde mais”, afirmou outro pai, que preferiu não se identificar.

Diante das denúncias, a reportagem do Agora Interior fez uma pesquisa no portal Reclame Aqui e no Tribunal de Justiça. Foram encontradas dezenas de reclamações na internet e quase 30 ações judiciais. Em algumas postagens, os pais relatam que o empresário lançou a escola, recebeu as matriculas e mensalidades e desapareceu.

Relato de problemas com a Escola Militar Mirim em Taquaritinga - Reprod/Internet
Relato de problemas com a Escola Militar Mirim em Taquaritinga – Reprod/Internet

Em vídeo que esta sendo enviado para alguns pais, Rafael afirma que está “ausente” devido a algumas ações que ele esta fazendo em Araçatuba. Estas atividades seriam inclusive em apoio às vítimas dos temporais no Rio Grande do Sul. Ele promete no vídeo que vai resolver as reclamações e justifica a não realização de aulas. Mas os pais estão apreensivos, diante de tantos registros na Justiça e no Reclame Aqui, de problemas envolvendo a escola.

Outro lado

O Agora Interior conversou com Rafael Martins de Souza pelo aplicativo WhatsApp, na noite de sexta-feira. Ele negou que esteja havendo qualquer problema em Marilia e disse que ninguém (pais ou instrutores) procurou por ele para apontar irregularidades. “Se você puder me passar os nomes de quem está reclamando, assim eu verifico o que está acontecendo”, afirmou. Neste sábado (10/05) ele reiterou que não foi procurado por ninguém. “Como vou resolver, se ninguém me procurou”, disse.

Rafael Martins em entrevista ao Agora Interior - Reprodução/Agora Interior
Rafael Martins em entrevista ao Agora Interior – Reprodução/Agora Interior

Ele não explicou porque as aulas foram suspensas, mas afirmou que as atividades vão voltar ao normal na semana que vem. Ele próprio vai dar as aulas, sem explicar porque os instrutores foram dispensados. A reportagem apurou que existe uma dívida dele com estes professores, na ordem de R$ 4 mil, referente aos custos que eles assumiram em relação a escola e que não foi pago.

Escola Militar Mirim

Marília passou a contar com uma unidade da EMM há cerca de três anos. Em média, são matriculados cerca de 180 alunos. A proposta é oferecer aulas de cidadania, disciplina, apoio escolar, atividades físicas e outras instruções.

Em entrevista ao Agora Interior, em uma das ações realizadas em Marília, Rafael Martins afirmou que o objetivo da escola era resgatar a disciplina, o respeito pelos pais, pelas instituições e oferecer até mesmo uma formação militar às crianças e adolescentes. “Muitos pais relatam que os filhos melhoraram o comportamento em casa, a partir das nossas aulas”, relatou o empresário dono da rede de escolas.

Apesar da promessa, o que se viu ao longo dos meses, segundo relato dos pais, foi a quebra de compromisso, não cumprimento de cláusulas do contrato, como o fornecimento de uniformes e calçados, além da recusa em devolver valores de quem fez a opção de desistir das aulas. O caso pode ir parar na Justiça.

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