Esquerda está em pé de guerra e pode não ter consenso nas Eleições 2024
Ao que parece os partidos de esquerda de Marília não vão conseguir se alinhar para a disputa das eleições municipais em 2024. Os grupos estão divididos, com prioridades que divergem do interesse comum, que é ao menos ter uma cadeira na Câmara Municipal. Isso tem ficado nítido nas redes sociais, onde representantes do Psol (Partido Socialismo e Liberdade) já anunciaram que não vão aceitar membros da esquerda ligados aos oligarcas e industriais.
Pautas e bandeiras
Aliás, posicionamento do Psol em relação a votação do projeto pela criação do Conselho Municipal de Políticas LGBTI+ e criação de Fundo Municipal da Diversidade, gerou críticas na rede social Instagram. Um membro da esquerda “raiz” acusa os psolistas de fazer coro em projeto que deveria ter pano de fundo mais amplo, que atendesse efetivamente a necessidade do público LGBTI+. Causou mal-estar.
Votação e ausência
E falando em Câmara Municipal, ao menos dois posicionamentos chamaram a atenção durante votação do projeto, na última segunda-feira. O primeiro deles foi a vereadora professora Daniela D’Ávila, que ainda estava no PL (Partido Liberal) quando essa coluna era escrita, ter votado em pauta da esquerda. O PL, como todos sabem é de ultra direita, tendo como comandante nacional ninguém menos que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em busca de ninho
Alguns não entenderam a defesa dela ao projeto. Já outros, vislumbraram que ela “namora” a esquerda, para tentar encontrar guarida nas eleições que se aproximam. Afinal, ela foi “descartada” pelos chefões do PL em Marília. Lembrando inclusive, que após uma lacuna de dois anos, finalmente o prefeito Daniel Alonso assumiu sua filiação ao PL. Ele disse que se filiaria ao partido quando o então candidato Tarcísio de Freitas (Republicanos) passou pela cidade. Mas, cozinhou o galo até agora.
Saiu de fininho
Por outro lado, a vereadora Vânia Ramos (Republicanos) deixou o plenário quando da votação do projeto do Conselho. Essa ausência é fácil de explicar: evangélica, ela se viu numa sinuca de bico. Votar pela diversidade ou ficar ao lado dos fiéis, que não aceitam as práticas de quem integra o grupo LGBTQIAPN+. Para não dar explicações, deixou o plenário do Legislativo e só votou quando o projeto foi aprovado. E olha que ela se diz defensora dos direitos humanos, em suas redes sociais. Sua saída causou mal estar entre os representantes LGBTQIAPN+.
Opressão machista
Momentos que antecederam a reunião entre representantes do Sindimmar (Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Públicos Municipais) e membros da administração municipal de Marília teve toques de machismo e tentativa de opressão contra as mulheres que compõem a diretoria. A coluna apurou que o governo municipal queria receber apenas a presidenta Vanilda Gonçalves de Lima e a diretora, professora Maria Luiza, na reunião. Vanilda “bateu o pé” e entrou com os dois diretores que integravam o grupo.
Tentativa de censura
Editor do programa Agora Interior, exibido pela TV Mais – Canal 13 do Sistema Life Fibra, jornalista Carlos Teixeira, foi questionado por um representante de ONG (Organização Não Governamental), por ter entrevistado membros do Psol no programa, no dia 20 de março. O cidadão, que não será identificado pela coluna, afirmou que não apoiaria o programa (com publicidade) devido a entrevista com representante de partido que supostamente está “destruindo o Brasil”. O editor reiterou que o programa é independente e ninguém vai colocar mordaça ou direcionar a linha editorial da atração. Está dito e avisado!!!
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