Funcionários do HC/Famema questionam reajustes e mudanças para 2025
Funcionários do HC/Famema (Hospital das Clínicas e da Faculdade de Medicina de Marília) estão manifestando insatisfação com as recentes decisões administrativas adotadas no complexo hospitalar. Entre os principais motivos estão os reajustes salariais anunciados para algumas categorias e a exclusão de outras, além de alterações nos regimes de plantão.
A polêmica ganhou força após a publicação de um comunicado no perfil oficial do HC/Famema no Instagram (assista aqui). O texto anuncia que, a partir do primeiro trimestre de 2025, categorias como ajudantes gerais, costureiras, dosimetristas, farmacêuticos, fisioterapeutas, funcionários da área de nutrição e cozinha, tecnologia da informação, motoristas, oficiais de serviços diversos e porteiros terão aumento salarial. Embora alguns comentários na postagem elogiem a iniciativa, a maioria critica a exclusão de categorias importantes como os laboratoristas (biomédicos, técnicos de enfermagem, enfermeiros).
Plantões sob críticas
Outro ponto que tem gerado controvérsias é a criação do plantão em disponibilidade para reumatologistas. Esse modelo exige que o profissional permaneça disponível em horário previamente acordado, podendo ser acionado a qualquer momento para atendimento especializado. Embora a modalidade preveja uma remuneração de pelo menos um terço do valor pago a plantonistas presenciais, ela também impõe responsabilidades conjuntas entre o profissional e a instituição em casos de falhas no atendimento. Em tempo: o novo superintendente é reumatologista e vai se beneficiar do plantão criado, com adicional de salário.
Muitos funcionários consideram a medida inadequada, apontando que médicos residentes não podem legalmente assumir essa função e que laboratoristas da Famar foram recentemente retirados dos plantões presenciais. Eles ressaltam, no entanto, que o último reajuste que envolveu todos os trabalhadores, ocorreram na gestão da médica Paloma Aparecida Libânio Nunes. Contudo, as alterações mais significativas ocorreram após a licença da ex-superintendente, que se despediu do cargo com uma publicação em redes sociais (veja aqui).
Revolta e incertezas
A reação negativa dos funcionários não se limita aos plantões. Muitos criticam a falta de transparência na tomada de decisões e a exclusão de categorias fundamentais nos reajustes salariais. “Nós, que estamos na linha de frente, nos sentimos desvalorizados”, comentou um enfermeiro que preferiu não se identificar. “Os reajustes deveriam ser iguais para todos, não apenas para alguns setores”, afirmou um biomédico.
Funcionários também questionam se as medidas realmente resultarão em economia ou se poderão comprometer a qualidade do atendimento aos pacientes. A inclusão de reumatologistas em plantões de disponibilidade, por exemplo, foi apontada por muitos como uma medida que vai aumentar custos, sem considerar as especificidades das áreas médicas envolvidas.
Próximos passos
Enquanto isso, os funcionários esperam um posicionamento mais claro da administração do HC/Famema. Representantes sindicais já indicaram que buscarão uma reunião com a direção para discutir as demandas da categoria. Entre as pautas estão a revisão dos reajustes salariais, a regularização dos plantões e a reintegração de profissionais retirados de suas funções.
Em meio às críticas, a Famar (Fundação de Apoio à Faculdade de Medicina de Marília), que é responsável por esses funcionários, ainda não se manifestou oficialmente sobre as reivindicações dos trabalhadores, mas a pressão interna sugere que novos desdobramentos são iminentes. A tensão no ambiente hospitalar reforça a necessidade de diálogo para equilibrar as demandas financeiras e a satisfação dos profissionais que sustentam o funcionamento da instituição.
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