MP e Gaeco arquivam investigação contra o ex-secretário Eduardo Nascimento
Após uma extensa investigação, o MPE (Ministério Público do Estado) de São Paulo (MPE) e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) arquivaram as denúncias contra o ex-secretário municipal de Esportes, Lazer e Juventude, vereador Eduardo Nascimento. O procedimento investigativo foi iniciado no final de 2023, a partir de alegações apresentadas por Adão Mário Roiko, dono de uma empresa de auditoria do Paraná, e outros denunciantes, incluindo o atual secretário Gastão Pinheiro Júnior e o ex-procurador-geral do município, Ricardo Mustafá, que foi candidato a prefeito em 6 de outubro.
A auditoria contratada pela Prefeitura de Marília, no valor de R$ 50 mil, tinha como foco a análise das contas da secretaria durante os Jogos Regionais de 2018 e os Jogos Abertos de 2019, eventos em que Nascimento foi responsável. O relatório inicial apontou “possíveis irregularidades”, sugerindo que Nascimento e alguns servidores teriam desviado dinheiro público. No entanto, as investigações posteriores não encontraram evidências que corroborassem essas alegações.
Além do MPE e do Gaeco, a Polícia Civil também investigou o caso, que tramitou na Delegacia Seccional de Marília. Uma sindicância foi aberta, mas Nascimento não teve acesso ao conteúdo das denúncias, o que levantou questionamentos sobre a transparência do processo. O relatório da auditoria foi vazado à imprensa, gerando um cenário de exploração política, especialmente com Nascimento anunciando sua candidatura à prefeitura nas eleições deste ano.
Em sua defesa, Eduardo Nascimento afirmou que as investigações comprovaram a falta de fundamentos nas acusações, caracterizando-as como uma “nefasta armação política” destinada a prejudicá-lo eleitoralmente. Ele criticou a contratação da empresa de auditoria e afirmou que tomará medidas legais contra aqueles que participaram do processo. “A prefeitura gastou R$ 50 mil de impostos em uma armadilha”, declarou.
O ex-secretário ressaltou a importância dos Jogos Regionais e Abertos para Marília, que atraiu atletas e comissões técnicas, gerando renda e movimentando a economia local. Nascimento destacou a seriedade e transparência no planejamento e execução dos eventos, que foram reconhecidos pelo Governo do Estado como exemplos de organização.
O relatório final do Gaeco, com 29 páginas, reafirmou a inexistência de irregularidades nos gastos com os eventos esportivos. O documento esclareceu que não foram encontrados indícios de superfaturamento ou descumprimento das contratações. Assim, foi considerada ausente a justa causa para qualquer denúncia relacionada ao caso, levando ao arquivamento das investigações.
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