Operação com 150 policiais de três estados desarticula quadrilha de roubo de cargas
Nesta terça-feira (26/11), a Polícia Civil de Presidente Prudente deflagrou a segunda fase da Operação Falsus, mobilizando 150 agentes de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul. A ação cumpriu 35 mandados de busca e apreensão e 13 de prisão preventiva. O foco da operação é um esquema criminoso especializado no roubo de cargas de grãos de alto valor, que movimentou, entre 2023 e 2024, mais de R$ 10 milhões em produtos roubados.
Esquema milionário
As investigações, conduzidas pela Delegacia Seccional de Presidente Prudente e a Unidade de Inteligência Policial/D8, identificaram que a quadrilha atuava através de falsas contratações de fretes. Motoristas e caminhões do grupo eram cadastrados em plataformas online, e, após carregar as mercadorias, os criminosos simulavam roubos. Para isso, usavam boletins de ocorrência falsificados, ocultando os desvios e vendendo as cargas para empresas receptadoras.
Entre os investigados estão duas advogadas de Assis, agora rés por lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa. No município, foram cumpridos oito mandados de busca e dois de prisão. O esquema começou a ser desvendado em junho de 2023, após o desaparecimento de 76 toneladas de soja em Iepê (SP). Desde então, a polícia identificou o desvio de mais 40 cargas, acumulando prejuízo superior a R$ 10 milhões.
Operação Falsus
A quadrilha operava em diversos municípios paulistas, como Iepê, Nantes, Assis, Cruzália, Araras, Cândido Mota, Santo André, Borborema, Itapetininga, Campinas, Maracaí, Guaíra, Santopolis do Aguapei, São Paulo, além de localidades em Mato Grosso do Sul e Paraná. As cargas desviadas tinham como destino portos e grandes empresas, mas acabavam sendo vendidas no mercado paralelo.
Até o momento, 19 pessoas foram denunciadas por furto qualificado, uso de documentos falsos, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A polícia também investiga quatro empresas do setor de grãos, suspeitas de receptar as mercadorias roubadas.
Na primeira fase da operação, realizada em março de 2024, seis integrantes do grupo foram condenados a penas entre quatro e sete anos de prisão. A segunda fase reforça o combate ao crime organizado e busca desarticular completamente o esquema.
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