Operação da Polícia e do MP fecha casas terapêuticas e prende 8

Uma operação da Polícia Civil e do Ministério Público resultou na prisão de oito pessoas e o fechamento de duas casas terapêuticas em Pirapozinho, na região de Presidente Prudente. A ação, denominada “Freedom” (liberdade) contou com a participação de 14 policiais civis, agentes da Vigilância Santiária municipal e estadual, além de três representantes do MP.

Durante a fiscalização nas duas residências, foi constatado que vários pacientes estavam nos locais de maneira involuntária, ou seja, contra a sua vontade expressa.  Os relatos apontaram desde sequestro para a condução até as residências terapêuticas, até o cárcere privado. Alguns dos pacientes disseram que os quartos eram trancados por fora durante a noite, não tendo alimentação noturna e até a água servida era racionada.

Houve relatos ainda de que os pacientes seriam “dopados” excessivamente quando pediam para irem embora das clínicas, evitando assim que pudessem sair de maneira voluntária. Consta ainda que o contato com os familiares também era restrito. Em uma das clinicas foi relatado que ocorria ainda o crime de tortura.

Depoimentos e provas

Uma série de pacientes foram ouvidos para subsidiar os atos de polícia judiciária. O resultado foi a prisão em flagrante de oito pessoas, pelos crimes de cárcere privado, sendo que referente aos outros crimes, tortura e sequestro serão instaurados inquéritos policiais e dado continuidade as investigações. Os acusados permanecem presos e passarão por audiência de custódia, à disposição da Justiça.

Segundo foi apurado, os locais vistoriados eram inapropriados e insalubres para a internação de pacientes, violando os direitos humanos dos cidadãos, servindo como espécie de cativeiros para depósitos de seres humanos.

Segundo a polícia, a ação policial conjunta reforça a necessidade do seguimento de todas as modalidades de internação à risca da lei. A ação policial também teve uma função também pedagógica, mostrando a Polícia Civil deve garantir os direitos de todos cidadãos, inclusive aqueles em situação de drogadição.

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