Reconhecida como utilidade pública, Associação Maria Flor quer ampliar atendimentos
Fundada há quatro anos por um grupo de mães em busca de cura e qualidade para os filhos, a Associação Canábica Maria Flor, de Marília, quer ampliar sua atuação, no tratamento e na conscientização das pessoas sobre o uso da canabis. Em dezembro de 2023 a entidade teve reconhecido o título de utilidade pública, em votação unânime na Câmara Municipal de Marília.
O título é considerado um marco para a Associação, já que vai garantir a possibilidade de criar novas parcerias e buscar recursos para expandir a distribuição deste medicamento feito a base da planta da maconha.
A história da Associação Maria Flor começou com o apelo de uma mãe em desespero. Claudia Marin, mãe de Mateus, via o filho ter crises convulsivas constantes e diárias. Ao relatar sua história nas mídias locais em busca pela liberação do tratamento com óleo de cannabis, teve a solidariedade de um casal de cultivadores que fabricava o óleo para tratamento da própria família.
História de vida
Cláudia se tornou uma das principais ativistas em prol da causa canábica da cidade. “Para ver meu filho vivo e tendo qualidade de vida superei todo preconceito, barreira e dificuldades. E hoje tenho a oportunidade de medicá-lo com um remédio que sabemos como é plantado, cuidado e extraído. Me orgulho de fazer parte da Asssociação Canábica Maria Flor e poder ajudar outras mães”, relata Cláudia.
A importação deste remédio não é acessível para a grande maioria das pessoas que precisam do tratamento. Com isso, a entidade se tornou uma das únicas possibilidades de se adquirir um produto natural e nacional acessível, criando assim uma sororidade com mães e famílias atendidas pela Associação Canábica Maria Flor.
Como surgiu de fato
Iniciada em 2020, em dois anos a Associação Canábica Maria Flor passou de dois pacientes iniciais para oito mil associados que fazem tratamento com óleo canábico. Foi um avanço que colocou a entidade em destaque nacional, conseguindo a oportunidade de reuniões em Brasília para discutir e avançar na busca da liberação deste medicamento.
A presidente da entidade, Fernanda Peixoto explica como foi todo o processo. “Fazemos um trabalho diário de conscientização e orientação sobre os benefícios do tratamento canábico. É muito importante desmistificar os preconceitos sobre a planta da maconha e mostrar que ela salva vidas!”, ressalta Fernanda.
“Vamos além do fornecimento do óleo. Olhamos para cada paciente com amorosidade, dando um cuidado especial e único”, conta a diretora de acolhimento Silvia Almeida. A Associação Canábica Maria Flor faz um trabalho junto à comunidade mariliense através do Clube do Paciente. Os integrantes têm atendimentos como ecoterapia e terapias recreativas para crianças, idosos e pessoas em geral, com acolhimento e cuidados que englobam a saúde dos pacientes, além do tratamento medicinal do óleo de canabis.
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